Cuidado com o Rafeiro! Não é que morda, mas podes pisá-lo sem querer...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Natal futurista ou estupidista?

 

TOC-TOC-TOC

Pai Natal: Quem está aí?

Rafeiro: Sou eu, Pai Natal, o teu amigo às vezes de quatro patas!

Pai Natal: Rafeirão, meu amigo, venham daí esses ossos! Mas não é para os roer, Ho-Ho-Ho!

Rafeiro: Bem, dá gosto ver essa boa disposição. Costumas andar tão stressado nesta época, o que é que se passa?

Pai Natal: Sabes, resolvi levar as coisas muito mais na calma. Nada de correrias, nada de exigências, nada de pedidos, tudo muito zen!

Rafeiro: Mas como é que consegues fazer isso nesta época caótica? Não me digas que renunciaste ao papel de Pai Natal!

Pai Natal: Não, simplesmente modernizei-me! Vou-te dar uns exemplos:

1.     Cartas. Fiz um outsourcing com uma empresa do extremo oriente, que tratam de tudo, desde a leitura à compilação dos pedidos! E só me pedem em troca ficarem com as moradas das crianças para efeitos de marketing de associados!

2.     Visitas. Acabaram de todo. Desde que tive um puto a perguntar-me se tinha feito sexo com a mãe dele, uma vez que era o Pai Natal, senti que tinha de me afastar. Mas ainda tenho pesadelos com o raio do puto a simular as posições em que tinha estado com a mãe! Agora, quanto muito, faço uma videoconferência, com recurso a Inteligência Artificial e Deepfake!

3.     Prendas. Esta foi a melhor medida. Já não mando prendas a ninguém, apenas um certificado NFT da treta que pediram, e todos ficam felizes!

Rafeiro: Isso parece-me muito… muito impessoal, Pai Natal. Onde fica o contacto humano, o ver o sorriso das crianças, o comer o leite com as bolachas, o desembrulhar das prendas?

Pai Natal: Deixa-te de frescuras, pá, o COVID ainda anda aí, portanto que se lixe o contacto. Quanto ao leite e bolachas, sou intolerante à lactose e os meus triglicéridos andam pela rua da amargura! Por falar em amargura, o que trouxe aqui? Seguramente não foi pelas minhas lindas barbas brancas!

Rafeiro: Queira ver como estavas e para saber se estavas interessado numas rifas, que estou a fazer do meu carro. O vencedor fica com um certificado NFT do dito (um de 7.406.664) e eu apenas continuo a usá-lo no dia a dia, arcando com todas as despesas de gasolina e oficina.

Pai Natal: Tu deves pensar que sou parvo… Olha, leva mas é um NFT do plasma que andaste anos a pedinchar e pira-te daqui, que vai começar o concurso da “Rena do Ano”.

 

Até sempre e Boas Festas,

Rafeiro Perfumado

5 comentários:

noname disse...


Este bom humor faz falta o ano inteiro, porque só ladra de quando em vez, e tanto de quando em vez, que até já o julguei acamado, com a Dona a dar-lhe a ração à boca. Mas, estou a ver que nãO, que ainda se dá ao luxo de umas corriditas pelo quintal. :)

Boas Festas, sô Rafeiro
e apareça mais vezes, faça-nos rir, ou pelo menos, sorrir.

Janita disse...

Feliz Natal, Rafeiro Perfumado!
Para ti, para a tua 'jove' e respectiva prole ( se já a houver).

Um abraço e um pedido de desculpas.
( ainda que atrasado, pois já o devia ter feito em 2012)

Táxi Pluvioso disse...

Um bom Natal, que o Pai Natal traga mísseis para todos nós.

A Nossa Travessa disse...

Caro Rafeiramigo
Depois de um Inferno de mais de três anos ausente de tudo incluindo a blogosfera (recaída da bipolar + covid = Inferno na Terra!) eis-me de volta, aos 81 aninhos – mas dentro do ”prazo de validade” disponível para fazer e receber cumentários (com o…) como sempre. Hoje, porém, venho dar uma pequena nota:

Acabo de publicar n’A NOSSA TRAVESSA um texto que abaixo transcrevo e que acompanha duas fotos que muito gostaria que visses e se quisesses comentasses. Obrigado,
Duas imagens, a mesma felicidade
Separam-nas umas dezenas de anos e ambas – sendo a sua publicação actual – nos deixa tão enlevados como nos momentos em que foram tiradas. A primeira ocorreu na sacristia do mosteiro dos Jerónimos (para "assassinar" o registo do acto) poucos minutos depois de consumado o “crime” que iria durar todos estes anos que mencionei na nota que publiquei acima sobre o “casório”. Naturalmente é a preto e branco. A cor estava nos nossos corações.
A segunda já colorida aconteceu num dia como o de ontem ou seja de aniversário do nosso matrimónio, ainda os netos eram crianças e adolescentes. Duas gerações de Antunes Ferreiras como que a testemunhar a felicidade dos avós. Perdoar-me-ão a exibição mas o orgulho contou mais alto…
Beijos & queijos
Henrique

Táxi Pluvioso disse...

Um bom 2023.