Seek and destroy

Fui ontem ver o concerto dos Metallica no Pavilhão Atlântico, cuja primeira parte foi efectuada pelos grupos High on Fire e Volbeat.

É-me um bocado difícil descrever a actuação destes grupos, mas vou tentar. Quanto ao primeiro, imaginem trinta e oito cães presos durante uma semana sem qualquer tipo de alimento. Em seguida, imaginem que são soltos numa sala onde há uma salsicha com seis centímetros. E pronto, ficam com uma boa ideia do som que foi produzido pelos High on Fire. No que diz respeito ao segundo grupo, conseguiram produzir uns sons minimamente harmoniosos, o vocalista é que me pareceu fanhoso. Ou isso ou eram os meus ouvidos que ainda estavam a recuperar dos cães esfomeados.

No que toca aos Metallica (e apesar de já os ter visto tocar melhor), continuam a demonstrar que estão aí para as curvas e rectas da vida. Se não tiveram oportunidade de estarem presentes, logo vou meter um vídeo no Facebook que dá uma boa ideia do que foi o concerto (com o devido desconto à qualidade da gravação e estatura da camerawoman).

Mas o que mais me impressionou neste espectáculo foi ter visto uma grávida (pelo tamanho da barriga apostaria em seis meses, quatro dias e dezoito minutos de gestação) na plateia, vestida toda de cor-de-rosa e a fumar o belo do cigarro. Eu tenho-me em conta de bastante tolerante, mas certas cenas tiram-me do sério, e esta não é excepção. É que ir vestido com outra cor que não o preto para um concerto dos Metallica era mais do que motivo para levar um par de chapadas.

Até sempre,
Rafeiro Perfumado