É gatunagem que rói e não se sente
É uma pilhagem recorrente
É dor que desatina até poder
É um não querer mais que sorver
É autoridade de sacar a toda a gente
É nunca contentar-se de demente
É cuidar que ganha em nos perder
É ter de estar preso contra vontade
É servir a quem vence, o governador
É ter com quem nos mata lealdade
Mas como aguentar tanto favor
Mantendo nos corações humanos serenidade
Se tão contrário a nós é este pavor?
Até sempre,
Rafeiro Vaz Perfumado
Bem.... Desconhecia esta veia poética! Fantástico. Parabéns.
ResponderEliminarRafeiro, andas a ver o dicionário das palavras difíceis... Andas andas... És como a outra, que tem um calendário com uma palavra difícil por dia?
ResponderEliminarAquele abraço
Gostei bastante, mas permite-me que discorde de "É gatunagem que rói e não se sente"... é que se sente e bem.
ResponderEliminarMuito bom, temos poeta canino!
ResponderEliminarMas nem é preciso alterar os textos originais (ou como não mudou nada em 500 anos):
97
- "A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?
Os Lusíadas, Canto IV, 97
:) Um beijinho (é preciso começar já a poupar!)
bem urdido, sim senhor!
ResponderEliminargrande abraço
Vou cantarolar o dia inteiro....e de mão ao peito.
ResponderEliminarBjs
Olá Perfumado.
ResponderEliminarEstou que nem posso, com tanta admiração pelo teu talento "Camoniano". Temos Poeta!!
" Não cometera o moço miserando
O carro alto do pai, nem o ar vazio.
O grande arquitector co filho, dando,
Um, nome ao mar,e o outo, fama ao rio.
Nenhum cometimento alto e nefando
Por fogo,ferro,água, calma e frio,
Deixa intentado a humana geração.
Mísera sorte! Estranha condição!"
Canto IV
--------------
Beijos
Depois deste poemas acredito que estas mesmo a precisar de férias... não é normal escrevesres desta maneira qualquer dia arriscar a ganhar o premio Nobel da Literatura...
ResponderEliminarSó não percebo é que se fosse hoje as eleições o Socrates era bem capas de ganhar e nimguem admite que vota nele... não te queres candidatar a 1º Ministro só para que o gajo perca....
:))
ResponderEliminarCLAP CLAP CLAP AGAIN!!
Mas em todo o caso, deixa me adivinhar: FALHAS TE A MEDICAÇÃO???
besuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuus
Muito bom!
ResponderEliminarmas tenho que concordar com o Louise "Sente e bem!"
Brilhante!!
ResponderEliminarFalta a pala no olho! :)
Muito bom!
ResponderEliminarE ainda nos arriscamos todos a acabar como Luis Vaz, esfomeados perante a soberba do rei.
beijos, Rafeiro
estou curioso de ver o cap. 9º...
ResponderEliminaro tal das musas e não sei mais o quê...estou mesmo desconfiado que deixará um tal de Sá Leão um pouquito corado...
brilhante amigo, brilhante
abraço e conta comigo para lhes dar
Temos poeta! :)
ResponderEliminarEstá fabuloso o poema.
Genial, caro Rafeiro.
ResponderEliminarse não tiveres um termómetro em casa fala com a tua jove que acredito que ela consiga um lá no trabalho dela, ok?
ResponderEliminarPOESIA??????
Rafeiro, o poema está óptimo, mas infelizmente não te sei responder à questão...
ResponderEliminarUOOOOOOOOOOOOOH! LOOOOOOOOOOOOOOL djimais, amigo, djimais...
ResponderEliminarclap clap!
Rafeiro este tá demais mesmo. ÉS GRANDE !!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarVou partilhar no meu Face.
Isto tem que chegar à AR eheheheheh
UAUUUUUUU, temos poeta! :D
ResponderEliminarGiro! :) Estou a ver que temos hábitos semelhantes. Outro dia depois de ouvir um político a falar dou por mim a cantar alto o fado Povo que Lavas no rio, desta forma:
ResponderEliminarPovo que levas no rego, que talhas com teu machado...e fui por ai fora... ehehhe
Pá, isto poderia perfeitamente iniciar um XI canto d'Os Lusíadas. Parabéns rafeiros!
ResponderEliminarRafeirinho, é um deleite ler a tua caixa de comentários. Que tu eras poeta, já eu sabia - vide o post anterior. Agora, já viste as veias poéticas que despoletaste?
ResponderEliminarQulquer dia publicas um livro só dos comentários, aos teus posts ;)
Vou mandar o pau... vá... toca a correr até lá ao fundo, para o trazeres de volta.
Ah! Mas este vai o texto e o link para os meus amigos pessoais! Muito bom! :)
ResponderEliminarOh rafeiro! Que bela veia poética que nos apresentaste! Lol beijinho
ResponderEliminarBrilhante! Quer dizer...brilhante o teu texto...já a situação...
ResponderEliminarAo ler isto deu-me uma vontade súbita de deixar o Sócrates zarolho... porque será?
ResponderEliminarTemos poeta, é?!
ResponderEliminarNa escola costumávamos dizer que o Camões perdeu um olho por uns tostões, e a esta altura do campeonato nem eu sei como ainda tenho os meus três olhos. Enquanto alguns se piram de malas recheadas para os paraísos fiscais das offshores dos amores, o povo fica por cá a ser atormentado contra este Adamastor orçamental.
Muito bom! Desconhecia este teu lado sensível e dado à arte de escrever em verso.
ResponderEliminarParabéns! Está excelente!
Beijocas!
Muito bom! Inspirado no Camões, mas mesmo assim um belo poema. Actual e contemporâneo, ainda por cima! :)
ResponderEliminarBeijocas!
A crise e' tanta que ja te estas a expandir para outros ramos da literatura? Nao va o diabo tece-las... Bem pensado!
ResponderEliminarDepois disto fico à espera do próximo livro: de poesia, claro!
ResponderEliminarLindo!
Não te conhecia esta veia poética tão grande.
Mas lendo alguns dos comentários até acho que afinal há muitos Camões por este país fora.
lol lol
beijos
Tadinho do Camões que deve estar às voltas no túmulo como eu estou na cadeira mas a rir que nem uma perdida.
ResponderEliminarContinuas o máximo:)
Festinhas
Muito bom este poema. Devia ser publicado no Diário da República.
ResponderEliminarFamoso e poeta... andas inspirado... ou a snifar muito incenso de ópio!!! Tu cuida-te, miudo... Começo a ficar preocupada contigo!
ResponderEliminarestou como os restantes comentadores... preocupado contigo. É sabido que os artistas normalmente não têm um final feliz...
ResponderEliminarDeixo-te o número do SOS Voz Amiga (21 354 45 45), just in case :D
ah poeta!!!!!!
ResponderEliminarmai nada ;)
Ai!Camões, Camões!
ResponderEliminarCaíste da janela e esfolaste os colhões!
Digas tu o que disseres suspeito que passaste "aos caixotes" e deste por ti completamente pedrado.
ResponderEliminarSim, porque engendrares uma coisa destas antes das 9H da manhã não é normal.
Isto sem pôr em dúvida a tua capacidade intelectual, evidentemente!
Mas "prontes"!!
Gostei e sugiro que componhas uma música para o dito!
Pensa: juntar uns quantos gaijos, rafeiros e outros, para irem cantar à assembleia da república.
(eu sei tocar ferrinhos).
1 Abraço pah!
* ... passaste a noite "aos caixotes"...
ResponderEliminarEste meu teclado cada vez mais escreve o que lhe dá na bolha e não o que eu quero.
Se não fosse um novo custar €uros...
E que pavor!
ResponderEliminarAbraço
Já estava todo escrito. Só era preciso fazer a actualização. Infelizmente, devo dizer, fantástico!
ResponderEliminarAbracinho!
subscrevo, na íntegra, parte do comentário do Vício. Aquela que diz apenas: POESIA??????
ResponderEliminarPoeta!
ResponderEliminarbeijo
Eis a crise a soltar o que de melhor há em nós, até a veia poética.
ResponderEliminarFez-me sorrir este post.
Obrigado:)
Vamos lá ver se o "date" amanhã vai ou não correr mal.
ResponderEliminarBem, parabéns...
ResponderEliminarainda nao tinha visto o teu blog, mas hoje falei mais ou menos do mesmo...
realmente grande poema :-)
Estás a ficar muito mole, em vez de lhes soltares os cães, cantas lhes poesia?
ResponderEliminarE, como dizia o Camões, vou além da Taprobana e já volto. bfds
ResponderEliminarAdorei, tens mesmo jeito =)
ResponderEliminarBoa! :)
ResponderEliminaró meu lindo rafeirito
ResponderEliminarQue inspiração te deu
é o que eu tenho dito
algum bicho te mordeu
Quanto ao nosso Orçamento
Para sempre maldito seja
Com a aprovação do Parlamento
Vou já rezar para a Igreja
é só corte e mais corte
Aumentos só de despesas
A populaça tem de ser forte
Para aguentar esta tristeza
E a malta lá do parlamento
Que nos anda a enganar
Nas suas despesas só menos 4%
Isso é que é saber mamar
Pelo menos foram uns queridos
O vinho manteve-se igual
Vamos juntar os amigos
E apanhar uma carraspana monumental
bjs
sandrablogwithaview
Muito bom! Vou recomendar!
ResponderEliminarO orçamento tem provocado emoções fortes. Mas poesia... confesso que foi uma grande surpresa :)
ResponderEliminarEsse Rafeiro Vaz P. é teu primo poeta?
:))))
Há poeta !!!!!
ResponderEliminarCom tanta verdade aí nesse poema ainda vais ser processado pelo Sócras!!!
Abraço
Bonito. Gostei. ;)
ResponderEliminar